“SOB A PROTEÇÃO DE MARIA”
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A festa da Imaculada Conceição
celebrada no tempo do Advento recorda-nos a índole mariana deste tempo
litúrgico. Maria, preservada de toda a culpa faz parte da antiga tradição da
Igreja, embora o dogma somente tenha sido proclamado em 1854. De fato a
constante tradição da Igreja sempre viu a Virgem de Nazaré como a “Toda Pura”. Maria
então, concluindo toda a esperança do antigo povo de Israel, preparada pela
graça de Deus para ser a mãe do Messias, abre um novo tempo quando aceita o
convite para ser a Mãe do Filho de Deus, que no final de sua missão, aos pés da
Cruz dele recebe como testamento o ser
Mãe dos discípulos do Filho.
celebrada no tempo do Advento recorda-nos a índole mariana deste tempo
litúrgico. Maria, preservada de toda a culpa faz parte da antiga tradição da
Igreja, embora o dogma somente tenha sido proclamado em 1854. De fato a
constante tradição da Igreja sempre viu a Virgem de Nazaré como a “Toda Pura”. Maria
então, concluindo toda a esperança do antigo povo de Israel, preparada pela
graça de Deus para ser a mãe do Messias, abre um novo tempo quando aceita o
convite para ser a Mãe do Filho de Deus, que no final de sua missão, aos pés da
Cruz dele recebe como testamento o ser
Mãe dos discípulos do Filho.
Tal maternidade espiritual da mãe
de Jesus esteve sempre na consciência dos fiéis. E assim floresceram muitas
orações e invocações a Maria ao longo dos séculos, elevadas sobretudo nos
momentos de dificuldade e provações.
de Jesus esteve sempre na consciência dos fiéis. E assim floresceram muitas
orações e invocações a Maria ao longo dos séculos, elevadas sobretudo nos
momentos de dificuldade e provações.
Porém, a mais antiga oração
mariana fora do Novo Testamento é certamente esta que chegou a nós em latim:
mariana fora do Novo Testamento é certamente esta que chegou a nós em latim:
Sub tuum praesidium confugimus, sancta
Dei Genitrix;
Dei Genitrix;
nostras deprecationes ne
despicias in necessitatibus;
despicias in necessitatibus;
sed a periculis cuntis libera nos
semper,
semper,
Virgo gloriosa et benedicta.
Traduzida ao português:
Sob a tua proteção nos refugiamos santa Mãe de Deus:
Não desprezes as nossas súplicas em nossas necessidades:
E livra-nos sempre de todos os perigos,
Virgem gloriosa e Bendita.
Esta oração tem origem no séc. III d. C., no Egito e foi escrita em
copto. Foi usada na liturgias de quase todos os ritos litúrgicos do Oriente e
do Ocidente. Recentemente a versão latina foi
confirmada pela descoberta de
antigos papiros que atestam seu uso nos ritos Copta e Bizantino no Oriente
Médio e no Egito.
copto. Foi usada na liturgias de quase todos os ritos litúrgicos do Oriente e
do Ocidente. Recentemente a versão latina foi
confirmada pela descoberta de
antigos papiros que atestam seu uso nos ritos Copta e Bizantino no Oriente
Médio e no Egito.
Inspirando-se em textos bíblicos, evoca a imagem do refúgio à sombra das asas de Deus, símbolo da
proteção divina, cuja palavra praesidium traduz bem a ideia de se estar
em um lugar seguro, protegido como por um destacamento de soldados. Ao mesmo
tempo evoca os salmos individuais de pedido de socorro a Deus diante das
necessidades ou doenças ou perseguições.
proteção divina, cuja palavra praesidium traduz bem a ideia de se estar
em um lugar seguro, protegido como por um destacamento de soldados. Ao mesmo
tempo evoca os salmos individuais de pedido de socorro a Deus diante das
necessidades ou doenças ou perseguições.
A Virgem Maria é invocada com
confiança, porque atende e intercede junto ao Filho pelas necessidades do fiel,
tal como o fizeram os mártires cristãos do III século no norte da África, os
quais durante a perseguição do imperador romano Decio (249-251 d. C.), teriam
com toda probabilidade elevado esta oração
à Virgem Maria.
confiança, porque atende e intercede junto ao Filho pelas necessidades do fiel,
tal como o fizeram os mártires cristãos do III século no norte da África, os
quais durante a perseguição do imperador romano Decio (249-251 d. C.), teriam
com toda probabilidade elevado esta oração
à Virgem Maria.
O Beato Paulo VI escreveu na Marialis
cultus: “Mãe do Filho de Deus e, por isso,
filha predileta do Pai e templo do Espírito Santo; por este seu dom de graça
sem igual ela ultrapassa, de longe, todas as outras criaturas, celestes e
terrestres” (LG 53); a sua
cooperação nos momentos decisivos da obra da Salvação, realizada pelo Filho; a
sua santidade, já plena na Conceição imaculada e, não obstante, sempre
crescente, a medida que ela aderia à vontade do Pai e ia percorrendo a via do
sofrimento (cf. Lc 2, 25-35;2,41-52; e Jo 19,25-27) e ia progredindo
constantemente na fé, na esperança e na caridade; a sua missão e condição única
no Povo de Deus, do qual é, ao mesmo tempo, membro sobreeminente, modelo
limpidíssimo e Mãe amorosíssima; a sua incessante e eficaz intercessão, em
virtude da qual, embora assumida ao céu, continua muito perto dos fiéis que a
imploram, e até mesmo daqueles que ignoram ser seus filhos; a sua glória, enfim,
que enobrece todo o gênero humano… Maria, de fato, é da nossa estirpe,
verdadeira filha de Eva, … nossa verdadeira irmã, que compartilhou plenamente
… a nossa condição” (n. 66).
cultus: “Mãe do Filho de Deus e, por isso,
filha predileta do Pai e templo do Espírito Santo; por este seu dom de graça
sem igual ela ultrapassa, de longe, todas as outras criaturas, celestes e
terrestres” (LG 53); a sua
cooperação nos momentos decisivos da obra da Salvação, realizada pelo Filho; a
sua santidade, já plena na Conceição imaculada e, não obstante, sempre
crescente, a medida que ela aderia à vontade do Pai e ia percorrendo a via do
sofrimento (cf. Lc 2, 25-35;2,41-52; e Jo 19,25-27) e ia progredindo
constantemente na fé, na esperança e na caridade; a sua missão e condição única
no Povo de Deus, do qual é, ao mesmo tempo, membro sobreeminente, modelo
limpidíssimo e Mãe amorosíssima; a sua incessante e eficaz intercessão, em
virtude da qual, embora assumida ao céu, continua muito perto dos fiéis que a
imploram, e até mesmo daqueles que ignoram ser seus filhos; a sua glória, enfim,
que enobrece todo o gênero humano… Maria, de fato, é da nossa estirpe,
verdadeira filha de Eva, … nossa verdadeira irmã, que compartilhou plenamente
… a nossa condição” (n. 66).
Possamos nós, revestidos do Escapulário, sinal de
consagração e proteção de Maria, acorrer a Ela e elevar com confiança esta
venerável oração da tradição cristã e como Ela viver o Advento na espera
vigilante e alegre do Senhor que vem!
consagração e proteção de Maria, acorrer a Ela e elevar com confiança esta
venerável oração da tradição cristã e como Ela viver o Advento na espera
vigilante e alegre do Senhor que vem!
Frei Alzinir, OCD
