O MAIOR SOFRIMENTO JÁ SOFRIDO NO MUNDO.
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“Ó
vós todos que passais pelo caminho, atendei e vede se há dor semelhante à minha
dor”…
vós todos que passais pelo caminho, atendei e vede se há dor semelhante à minha
dor”…
A Paixão e Morte
de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é o ápice de seu amor por nós. Ali,
nosso Senhor derramou sobre a humanidade inteira toda a sua infinita
Misericórdia, pagando em seu próprio Corpo, puríssimo e inocentíssimo, a culpa
de nossos pecados e crimes.
de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é o ápice de seu amor por nós. Ali,
nosso Senhor derramou sobre a humanidade inteira toda a sua infinita
Misericórdia, pagando em seu próprio Corpo, puríssimo e inocentíssimo, a culpa
de nossos pecados e crimes.
É inadmissível a
um cristão passar um dia sem pensar na Paixão do Senhor. Que amor seria esse
por Ele se desleixamos de considerar a morte que Ele padeceu por nós, em nosso
lugar? Todas aquelas indescritíveis humilhações, afrontas, torturas e dores
eram para serem infligidas em nós, pecadores, mas, o inocentíssimo Cordeiro
assumiu para Si tudo isso, como se fosse Ele o culpado.
um cristão passar um dia sem pensar na Paixão do Senhor. Que amor seria esse
por Ele se desleixamos de considerar a morte que Ele padeceu por nós, em nosso
lugar? Todas aquelas indescritíveis humilhações, afrontas, torturas e dores
eram para serem infligidas em nós, pecadores, mas, o inocentíssimo Cordeiro
assumiu para Si tudo isso, como se fosse Ele o culpado.
Não podemos
restringir apenas ao Tempo Quaresmal a meditação na Paixão de Jesus e de seus
sofrimentos redentores. Todos os dias, em cada catedral, igreja ou capela do
mundo inteiro, onde for celebrada a Santa Missa, mais uma vez, de forma
incruenta, porém, tão real como no Calvário, Jesus renova e atualiza sua Paixão
e Morte de Cruz. Isso é um grande mistério. Quem poderá penetrá-lo
suficientemente? Nossa inteligência limitada, antes, nosso amor limitado,
faz-nos negligenciar e muito a consideração sobre a Paixão de Cristo e nossa
devoção à mesma.
restringir apenas ao Tempo Quaresmal a meditação na Paixão de Jesus e de seus
sofrimentos redentores. Todos os dias, em cada catedral, igreja ou capela do
mundo inteiro, onde for celebrada a Santa Missa, mais uma vez, de forma
incruenta, porém, tão real como no Calvário, Jesus renova e atualiza sua Paixão
e Morte de Cruz. Isso é um grande mistério. Quem poderá penetrá-lo
suficientemente? Nossa inteligência limitada, antes, nosso amor limitado,
faz-nos negligenciar e muito a consideração sobre a Paixão de Cristo e nossa
devoção à mesma.
Hoje, trago para
os leitores deste Blog da OCDS da Província São José, uma meditação sobre a
intensidade dos sofrimentos de Cristo: … “haverá
dor semelhante à minha dor”? Será que os sofrimentos de Cristo em sua
Paixão e Morte foram tão intensos assim para serem considerados os maiores que
já foram sofridos por um ser humano na terra? Será que as dores de Jesus
superaram as dores dos demais sofredores que já existiram ou existem na terra?
os leitores deste Blog da OCDS da Província São José, uma meditação sobre a
intensidade dos sofrimentos de Cristo: … “haverá
dor semelhante à minha dor”? Será que os sofrimentos de Cristo em sua
Paixão e Morte foram tão intensos assim para serem considerados os maiores que
já foram sofridos por um ser humano na terra? Será que as dores de Jesus
superaram as dores dos demais sofredores que já existiram ou existem na terra?
Vamos deixar nos
falar sobre isso o grande doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino:
falar sobre isso o grande doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino:
“Ao tratarmos das deficiências assumidas por Cristo,
deve-se dizer que ele suportou uma autêntica dor; tanto sensível, causada por
algo que fere o corpo, como interior, causada pela percepção do que é nocivo e
que é chamada de tristeza. Ambas foram em Cristo as maiores dores na presente
vida. E assim foi por quatro motivos.”
deve-se dizer que ele suportou uma autêntica dor; tanto sensível, causada por
algo que fere o corpo, como interior, causada pela percepção do que é nocivo e
que é chamada de tristeza. Ambas foram em Cristo as maiores dores na presente
vida. E assim foi por quatro motivos.”
“Primeiro, pelas causas da dor. Pois a causa da dor
sensível foi a lesão corporal, que se tornou pungente não só pela extensão do
sofrimento, da qual se falou, mas também pelo gênero de sofrimento. É que a
morte dos crucificados é muitíssimo cruel, pois são transfixados em locais de
nervos muito sensíveis, ou seja, nas mãos e nos pés; o próprio peso do corpo
suspenso aumenta continuamente a dor; e é uma dor que perdura, uma vez que o
crucificado não morre logo, como os que são mortos a espada. – Já a causa da
dor interior foi, em primeiro lugar, todos os pecados do gênero humano, pelos
quais, sofrendo, Cristo dava satisfação, a ponto de, por assim dizer,
assumi-los para si, como declara o Salmo: ‘As palavras das minhas faltas’ (21,
2). Em segundo lugar, especialmente a culpa dos judeus e dos demais que
tramaram sua morte, mas de modo participar dos discípulos, que se
escandalizaram com a paixão de Cristo. Em terceiro lugar, a perda da vida
corporal, que por natureza é horrível à condição humana.”
sensível foi a lesão corporal, que se tornou pungente não só pela extensão do
sofrimento, da qual se falou, mas também pelo gênero de sofrimento. É que a
morte dos crucificados é muitíssimo cruel, pois são transfixados em locais de
nervos muito sensíveis, ou seja, nas mãos e nos pés; o próprio peso do corpo
suspenso aumenta continuamente a dor; e é uma dor que perdura, uma vez que o
crucificado não morre logo, como os que são mortos a espada. – Já a causa da
dor interior foi, em primeiro lugar, todos os pecados do gênero humano, pelos
quais, sofrendo, Cristo dava satisfação, a ponto de, por assim dizer,
assumi-los para si, como declara o Salmo: ‘As palavras das minhas faltas’ (21,
2). Em segundo lugar, especialmente a culpa dos judeus e dos demais que
tramaram sua morte, mas de modo participar dos discípulos, que se
escandalizaram com a paixão de Cristo. Em terceiro lugar, a perda da vida
corporal, que por natureza é horrível à condição humana.”
“Segundo, a extensão do sofrimento pode ser
considerada pela sensibilidade do paciente. Ora, ele tinha uma ótima compleição
física, pois seu corpo fora formado de modo miraculoso pela ação do Espírito
Santo; aliás, tudo o que foi realizado por um milagre era melhor que o resto,
como diz Crisóstomo a respeito do vinho em que, na festa de núpcias, Cristo transformara
a água. Assim, era acutíssimo nele o sentido do tato, com o qual se percebe a
dor. – Igualmente, a alma, com suas forças interiores, captava de modo intenso
todas as causas de tristeza.”
considerada pela sensibilidade do paciente. Ora, ele tinha uma ótima compleição
física, pois seu corpo fora formado de modo miraculoso pela ação do Espírito
Santo; aliás, tudo o que foi realizado por um milagre era melhor que o resto,
como diz Crisóstomo a respeito do vinho em que, na festa de núpcias, Cristo transformara
a água. Assim, era acutíssimo nele o sentido do tato, com o qual se percebe a
dor. – Igualmente, a alma, com suas forças interiores, captava de modo intenso
todas as causas de tristeza.”
“Terceiro, a grandeza da dor de Cristo ao sofrer
pode ser estimada pela pureza dessa dor. Nos demais pacientes, com efeito,
mitiga-se a tristeza interior e mesmo a dor externa com alguma consideração da
razão, por alguma derivação ou redundância das forças superiores para as
inferiores. Mas isso não aconteceu com Cristo em sua paixão, pois, como diz
Damasceno, ‘ele permitiu que cada uma de suas potências exercesse a função que
lhe era própria’.”
pode ser estimada pela pureza dessa dor. Nos demais pacientes, com efeito,
mitiga-se a tristeza interior e mesmo a dor externa com alguma consideração da
razão, por alguma derivação ou redundância das forças superiores para as
inferiores. Mas isso não aconteceu com Cristo em sua paixão, pois, como diz
Damasceno, ‘ele permitiu que cada uma de suas potências exercesse a função que
lhe era própria’.”
“Quarto, a extensão da dor de Cristo em sua paixão
pode ser estimada pelo fato de seu sofrimento e dor terem sido assumidos
voluntariamente, com o objetivo de libertar os homens do pecado. Assim, ele
assumiu a intensidade da dor proporcional à grandeza do fruto que dela se
seguiria.”
pode ser estimada pelo fato de seu sofrimento e dor terem sido assumidos
voluntariamente, com o objetivo de libertar os homens do pecado. Assim, ele
assumiu a intensidade da dor proporcional à grandeza do fruto que dela se
seguiria.”
“De todas essas
causas consideradas em seu conjunto, fica evidente que a dor de Cristo foi a
maior.” [1]
causas consideradas em seu conjunto, fica evidente que a dor de Cristo foi a
maior.” [1]
Na paixão de
Nosso Senhor, com efeito, cumpriu-se a profecia de Jeremias: “Olhai e vede se há dor igual à minha dor”
[2].
Nosso Senhor, com efeito, cumpriu-se a profecia de Jeremias: “Olhai e vede se há dor igual à minha dor”
[2].
Importa, porém,
encarar a paixão de Cristo não tanto sob a ótica da dor, mas considerando o grande amor com que Ele nos amou. Nem
os piores sofrimentos do mundo seriam capazes, por si só, de remir o homem do
pecado. Foi a união de Cristo com a Sua Pessoa divina que deu sentido a todo o
sofrimento que Ele experimentou, em Sua carne. Por isso, deve-se dizer que o
que nos salvou na cruz, na realidade, mais do que a agonia de Jesus, foi o Seu
amor.
encarar a paixão de Cristo não tanto sob a ótica da dor, mas considerando o grande amor com que Ele nos amou. Nem
os piores sofrimentos do mundo seriam capazes, por si só, de remir o homem do
pecado. Foi a união de Cristo com a Sua Pessoa divina que deu sentido a todo o
sofrimento que Ele experimentou, em Sua carne. Por isso, deve-se dizer que o
que nos salvou na cruz, na realidade, mais do que a agonia de Jesus, foi o Seu
amor.
Um autor
espiritual recorda que, para haver um sacrifício, é preciso fogo. Então, na
cruz, donde pende o Cordeiro de Deus imolado, onde está o fogo? O fogo é o
Espírito Santo, que, no Calvário, transforma toda a dor de Cristo em amor.
espiritual recorda que, para haver um sacrifício, é preciso fogo. Então, na
cruz, donde pende o Cordeiro de Deus imolado, onde está o fogo? O fogo é o
Espírito Santo, que, no Calvário, transforma toda a dor de Cristo em amor.
Referências
Suma Teológica,
III, q. 46, a. 6
III, q. 46, a. 6
Lm 1, 12