Flor de paz, Teresa, que renasces entre as chamas!

Flor de paz, Teresa, que renasces entre as chamas!

( Súplica de filho para a mãe)

Quem conhece Teresa de Jesus certamente se deparou com uma mulher muito humana e muito mulher: com sua capacidade de amar, de ser amiga, de deixar-se amar, com sua sensibilidade aprimorada, com seu conhecimento profundo da vida e seu autoconhecimento, com sua coragem e determinação, com sua capacidade de trabalho e de relações, com seu senso de humor e de realismo, com seus pés no chão, construtora da história. De outro lado, ela é contemplativa por excelência, doutora mística, mestra nos caminhos do Espírito, aquela que atingiu a mais profunda comunhão com Deus e favorecida por Ele de experiências únicas em relação à Transcendência e à Encarnação de Jesus e de sua permanência entre nós.                       
 “Teresa eminentemente humana e toda de Deus”.

Tu, Teresa, flor de paz, nasceste entre chamas…!
(Um “fogo especial do Espírito” nasceu na Espanha
quinhentos anos atrás… e gastou toda a sua vida
curando as feridas da Igreja, com seu amor, construindo comunidades de paz…!).
O teu mundo, Teresa,
 “ardia em chamas, pegando fogo”…!
O nosso mundo quebrado, despedaçado,
 e os nossos “tempos duros”
precisam ainda de ti.
É necessário que tu revivas entre nós.
Contigo, convictos, de “negócios importantes”
queremos tratar com “ Aquele que, sendo AMOR, só sabe amar”
e suplicar-lhe, com coração em chamas,
que seja restaurada na Igreja  a unidade partida
e reine enfim  a paz, sem divisão,  sem guerra nem dor.
Ó Teresa de Jesus santa, muito santa…
mulher, muito mulher, amiga…
 apaixonada, coração transverberado, mística…
 humana, muito humana, andarilha, ativa…
 propriedade de Deus, muito divina…
“Filha da Igreja” e “Doutora”, Renovadora…
Fundadora do novo Carmelo, mãe e mestra…
ensina-nos a olhar para o Alto,
 caminhando centrados, seguindo teus passos
–  pois é sempre “hora de caminhar!”-
e a não contentar-nos de terra e  de charcos,
“rastejando e andando, sem rumo, quais lagartixas e sapos!”
Com Cristo, Amigo fiel e sincero, queremos tratar com santa ousadia,
dos seus interesses e dos nossos problemas…
De ti, Teresa, aprendemos que o interesse de Deus
 é o homem somente
e o homem, sem o interesse por Deus, é um problema.
Eis os assuntos que a ti, a Ele e a nós interessam:
– nossa vida e vida plena, em liberdade…
– as dimensões inexploradas da humanidade…
– o “caminhar na verdade”, com total dignidade
de filhos e simplicidade de irmãos…
– nós “morada de Deus”, em comunhão…
–  a oração, mergulho em Deus e na humanidade, em profundidade…
E queremos revelar para todos, em todos os espaços:
–  a misericórdia de Deus, um Deus que desce, um Deus humano…
– o amor,  luz que nos guia, o amor- caridade…
– a liberdade, o desapego, a  humildade…
 – o entreter-se com Deus em amizade, as obras ,a  santidade…
– o olhar posto no Homem-Deus, Cristo Jesus Senhor-Crucificado-Ressuscitado!
O mundo continua em chamas, Teresa!
– Necessária se faz outra chama!
 O mundo está sedento de Água viva, Teresa!
–  “O Senhor – a Fonte- não nos deixará morrer de sede!
Olhem para Ele, que olha para nós, simplesmente”!
O mundo, nosso mundo, quer ver… ver Deus, para sempre!
Ensina-nos  a ver, contemplar, caminhar, viver…
 E anunciar!
Ensina-nos
a sair em missão, contagiando, convencendo,
 aquecendo com o fogo do  AMOR!
Quanta alegria em tua vida, Teresa!
–  Deus é a fonte!
Quantos trabalhos em tua vida, Teresa!
– O Crucificado é teu Mestre!
Quanto amor e esperança e experiência em tua vida, Teresa!
– A Igreja é teu campo de ação!
Quantas vitórias!
–  “Só Deus basta!”
Peregrina e feliz caminhando, Teresa, andarilha de Deus,
tua meta é o céu –  tão intenso teu   desejo!-
  a terra é  teu chão, firmemente pisado.
Caminhamos contigo, Teresa!
Que saibamos  caminhar sem cansar…até chegar!
Ah! Teresa! Fogo que ardeu em terras de Espanha um dia,
fogo que arde ainda  e   brilha em nosso mundo todos os dias,
dá-nos a mão e leva-nos ao   “Castelo Interior”,
  e conduz-nos de morada em morada,
até o aposento mais íntimo, ao centro do ser.
Ali nos encontraremos
com “Sua Majestade”, nosso Deus e  nosso TUDO,
e, com Ele e com todos os seres,   poderemos, então, criar comunhão!
“Para sempre, para sempre, para sempre!”    

Frei Pierino Orlandini

Esta poesia foi declamada por Marcelo e Marina   Piotto, na festa da comunidade Santa Teresinha do Menino Jesus de Passos.    

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