9 de setembro de 2012 – 30 anos da Páscoa de Madre Teresa de Jesus, fundadora do nosso Carmelo em Juiz de Fora-MG

9 de setembro de 2012 – 30 anos da Páscoa de Madre Teresa de Jesus, fundadora do nosso Carmelo em Juiz de Fora-MG


“Assim como a benignidade de Deus desceu sobre a terra e
falou com os seres humanos, o meu desígnio é que cada uma de nós, deste
Carmelo, seja como o Cristo: a benignidade de Deus que fala com as pessoas,
para que elas também queiram falar com o seu Deus..Que o Cristo nos dê a
graça de sermos tais, que possamos, pela nossa vida, suscitar nos outros o
gosto pela oração .” 
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(Me. Teresa de Jesus)
      
http://mail.yimg.com/us.yimg.com/i/mesg/tsmileys2/40.gif Queridos irmãos e amigos em
Cristo,
Paz e graça! 
É com grande alegria, esperança e fé em Jesus Cristo que
enviamos esta mensagem como marco nos 30 anos da morte e ressurreição de Nossa
Madre Fundadora Teresa de Jesus.
Todos nós fomos beneficiados por sua vida aqui na terra e com
certeza, hoje, ela do céu continua a nos olhar, guiar e proteger junto de Deus.
Sem limites humanos, poderá ser intercessora que nos vê com o olhar de Deus,
sabendo o que realmente nos convém.
Madre Teresa, rogai por nós!

 

http://mail.yimg.com/us.yimg.com/i/mesg/tsmileys2/40.gifUM BILHETE AGRADECIDO PARA
A MADRE TERESA DE JESUS Latino- americana
Só sendo Teresa mesmo, como a Teresa de Jesus da Espanha, a
Teresa de Jesus da França e a Teresa de Jesus dos Andes, mas sendo a Teresa de
Jesus do Brasil. Teresa do mesmo Jesus, mas situadamente descoberto,
historicamente amado, brasileiramente vivido. Filha da mesma Igreja, mas já não
aquela beligerante conjuntura de Trento nem da ofensiva posição do Vaticano I,
mas respirando diálogo e esperança por entre as “janelas abertas” do Vaticano
II medida na caminhada libertadora do nosso povo, evangelicamente acolhida por
Medellín e Peubla, feita CEBs e Pastorais socais, CNBB e inserção.
Você entendeu o Carmelo como “um clima” mais do que como
estrutura, captou – como você recordara muitas vezes – que o deus vivo está
disponível, na brisa suave do profeta patriarca. Elias e não na parafernália
das leis e das grades e dos “fechamentos” aprisionadores.
Você compreendeu no realismo da fé cristã, que o Deus do
“Mistério da Encarnação” se faz tempo e lugar: no “hoje e agora”, que você
repetia com vocacional obsessão; além “dos formalismos da época e do próprio
Carmelo”.
Você soube sintonizar com o espírito, que é sempre Criador e
convenceu-se, audaciosa, livre e fiel, de que “é preciso começar sempre.
Teresa de Jesus da nossa América e do tempo nosso, de
Petrópolis, de Juiz de Fora e de Itaguaí finalmente – longa “noite escura”,
dura “subida” Carmelo acima – porque era você predestinadamente da “raça dos
verdadeiros contemplativo” soube criar esse Carmelo “leve e transparente”, para
“servir a causa de Jesus de Nazaré” engajando a oração e respondendo
concretamente pela “vida solidária”, “assumindo a dor dos momentos
históricos”,” testemunhando o absoluto, de Deus no meio dos pobres e aprendendo
com eles…” “Fazendo da escuta da realidade matéria viva da oração”. Um
Carmelo simultaneamente fiel ao Carmelo, à Igreja local e aos “sinais dos
tempos”. E porque “América Latina e o Brasil têm sua fisionomia” você decidiu,
refundando como se diz agora, que “neste contexto o Carmelo tem que ser
latino-americano e brasileiro” na inculturação da encarnação.
Fruto maduro de uma teimosa coerência, mineiríssima e
evangélica, “corajosa, esperta e livre com toda a veterana ‘existência vivida
no claro e no escuro, mas com constante gratuidade do Deus que nos amou
primeiro”, você, nossa Teresa refundadora, soube criar um “Carmelo Leve e
Transparente’ onde se pudesse amar depois das seis da tarde” e antes e sempre.
Porque o amor não tem hora e porque Deus é Amor e porque é no amor que seremos
julgados no entardecer da vida como nos ensinou o Padre do novo Carmelo, o
poeta maior São João da Cruz.
Os privilegiados, os rotineiros, os legalistas, a própria
hierarquia menos criativa e mais acomodados tradicionalismos, não podiam
compreender sua audácia, Teresa. E deviam obstruí-la. Todas as grandes
fundações eclesiais foram obstinadamente contestadas. Mas você sabia muito bem
e repetia “desde o inicio da fundação renovadora” “que qualquer coisa fora da
cruz é ilusão”. E não arredou o pé nem a esperança. Valeu, Teresa, valeu!
Quem sabe, se você não poderia escrever mais uma carta aos
“Pro-foco” de hoje, à CRB, à sofrida e coerente CLAR, com aquela mesma “bem
lançada letra” – ensolarada de Glória agora com aquele mesmo “descortino de
idéias” agora feitas exemplaridade…!
Precisa, viu! Em nossa Vida Consagrada há muita acomodação.
Também nela parece, às vezes, que já teríamos chegado ao fim da história.
Inserção. Sim, inserção não!? Novamente os “conventos”. Outras vez uma certa
retirada de periferias, de fronteiras, de desertos de marginalização. Diante do
risco da profecia, a segurança da rotina. Muitas férias, muitas viagens, muitos
anos sabáticos, muita “conformação com este mundo” neoliberal talvez. Sei lá…
! Há muito receio novamente frente ao Espírito Criador e erguem-se outras
grades frente à história e o povo, e nem sempre nossa Vida Religiosa é aquela
“opção de vida radical”, como propunha nosso saudoso Frei Mateus, vivenciada
“na oração, na humildade, na pobreza, na fraternidade” como você queria,
latino-americana Teresa nossa, fundadora do Carmelo leve e transparente.
D. Pedro Casaldáliga.

” Ofereço minha vida, minhas orações por tudo o que está acontecendo
profeticamente. Mesmo com a idade avançada, sei que dentro de mim existe ainda
muita energia para sofrer como que dores de parto a fim de que nasça uma vida
contemplativa nova. Para Deus, com efeito, nada é impossível.” (Trecho
da Carta ao Profoco) 
“Sejamos outras Marias, unas ao Sagrado coração de
Jesus, seu Filho, no seguimento d’Ele, configuradas com Ele, do presépio ao
calvário para ressuscitar”
(Madre Teresa de Jesus, ocd.)

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