
30/05/2010 – SANTA JOANA D’ARC
Numa emboscada, ela caiu nas mãos do conde de Luxemburgo, que a entregou aos ingleses em troca de um resgate digno de um rei. Precisava então provar juridicamente que Joana era uma feiticeira, para poder declarar Carlos VII usurpador, uma vez que teria se tornado rei por “diabólicas maquinações de uma herege.” Eram unicamente os juizes eclesiásticos que tinham autoridade para julgar esse processo. A legalidade do processo foi tamanha que Joana D’Arc rejeitou a legitimidade e apelou ao papa.
A heróica moça, reclusa contra toda lei eclesiástica num cárcere militar, não pôde fazer chegar até Roma sua voz e foram seus inimigos que triunfaram e condenaram-na ao fogo. O atroz suplício teve lugar em Rouen a 30 de maio de 1431. Joana tinha 19 anos. Os atas do processo foram submetidos a revisão entre 1450 a 1456 e com a absolvição da acusada teve início um irresistível crescimento da veneração à corajosa Joana D’Arc, de uma fé pura e de um genuíno amor pela justiça e pela verdade até ao extremo sacrifício. Em 1920 o papa Bento XV elevou-a às honras dos altares.
Entre todas as histórias dos santos a de Joana D’Arc está sem dúvida entre as mais extraordinárias e incríveis: uma jovem camponesa e inculta, à frente de um exército derrota um poderoso exército, vence os fortes, coroa um rei e acaba morrendo numa fogueira, tudo isso num período de dois anos. Acontecimentos conexos com a história de uma nação inteira, com um colorido de fortes tintas patrióticas e místicas.