28/11/1568 – Início da Reforma de Santa Teresa entre os Frades
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Apesar de este dia não estar contemplado
no calendário litúrgico da Ordem, nós, os carmelitas descalços, não podemos
esquecê-lo, porque foi neste dia, no ano de 1568, que São João da Cruz,
primeiro carmelita descalço, juntamente com Frei Antônio de Jesus e Frei José
de Cristo, iniciou na pobre, desconhecida e isolada aldeia de Duruelo, a vida
de carmelitas descalços que desde então a nossa família tem vivido.
no calendário litúrgico da Ordem, nós, os carmelitas descalços, não podemos
esquecê-lo, porque foi neste dia, no ano de 1568, que São João da Cruz,
primeiro carmelita descalço, juntamente com Frei Antônio de Jesus e Frei José
de Cristo, iniciou na pobre, desconhecida e isolada aldeia de Duruelo, a vida
de carmelitas descalços que desde então a nossa família tem vivido.
Meditemos no que
nos conta daqueles primeiros tempos Santa Madre Teresa de Jesus, que visitou o
local do futuro convento e, mais tarde ali voltou, dizendo:
nos conta daqueles primeiros tempos Santa Madre Teresa de Jesus, que visitou o
local do futuro convento e, mais tarde ali voltou, dizendo:
« Eu tinha visto
aquela casita, que pouco antes nela não se podia viver, e via agora a
simplicidade em toda ela. Para onde quer que se olhasse, tinha eu muito com que
me santificar. E percebi na maneira como viviam os primeiros descalços, e com a
mortificação e a oração e o bom exemplo que davam, que se havia começado algo
que muito proveito daria à nossa Ordem no serviço a Nosso Senhor. E por isso,
eu não me cansava de dar graças a Nosso Senhor, com uma grandíssima alegria
interior».
aquela casita, que pouco antes nela não se podia viver, e via agora a
simplicidade em toda ela. Para onde quer que se olhasse, tinha eu muito com que
me santificar. E percebi na maneira como viviam os primeiros descalços, e com a
mortificação e a oração e o bom exemplo que davam, que se havia começado algo
que muito proveito daria à nossa Ordem no serviço a Nosso Senhor. E por isso,
eu não me cansava de dar graças a Nosso Senhor, com uma grandíssima alegria
interior».
Nunca S. João da
Cruz revelou nada acerca daqueles tempos primeiros. Quando em Úbeda, estando já
às portas da morte, e Madre Teresa já tinha entrado na Vida sem fim, foi
visitado por Frei Antônio de Jesus, que lhe recordou aqueles tempos sossegados
que soavam a algo tão transcendental quanto indescritível, o Santo retorquiu: «
Recorde-me, Padre, os meus pecados e não isso». E Frei Antônio, edificado,
respondeu renovando a descrição daqueles feitos nunca ditos, dos tempos do
primeiro convento da Ordem masculina, das pregações apostólicas, da oração e da
vida simples e serena do pequeno conventinho.
Cruz revelou nada acerca daqueles tempos primeiros. Quando em Úbeda, estando já
às portas da morte, e Madre Teresa já tinha entrado na Vida sem fim, foi
visitado por Frei Antônio de Jesus, que lhe recordou aqueles tempos sossegados
que soavam a algo tão transcendental quanto indescritível, o Santo retorquiu: «
Recorde-me, Padre, os meus pecados e não isso». E Frei Antônio, edificado,
respondeu renovando a descrição daqueles feitos nunca ditos, dos tempos do
primeiro convento da Ordem masculina, das pregações apostólicas, da oração e da
vida simples e serena do pequeno conventinho.
Ao que o Santo,
com visível embaraço, perguntou: « Padre, não tínhamos dado a palavra, um ao
outro, de nunca falarmos disso?».
com visível embaraço, perguntou: « Padre, não tínhamos dado a palavra, um ao
outro, de nunca falarmos disso?».
Mas Frei Antônio
não podia conter os rios da alma, pois bem viam seus olhos que o Santo se
finava, pelo que, não se contendo, ia recordando maravilhado e com saudade os
pormenores daquela vida santa e sacrificada levada em Duruelo, enquanto Deus
lhe ia permitindo a companhia de tão santo homem, ao que o S. João da Cruz
rematou contrafeito e desconsolado: « ele vai, a pouco a pouco, contar tudo!»
João da Cruz não queria que alguém soubesse o que se tinha passado, sofrido e
vivido, nos tempos do primeiro convento da Ordem, pois como um dia disse: « Nas
coisas que faço por Deus, não quero recompensa de ninguém. Só d’Ele!»
não podia conter os rios da alma, pois bem viam seus olhos que o Santo se
finava, pelo que, não se contendo, ia recordando maravilhado e com saudade os
pormenores daquela vida santa e sacrificada levada em Duruelo, enquanto Deus
lhe ia permitindo a companhia de tão santo homem, ao que o S. João da Cruz
rematou contrafeito e desconsolado: « ele vai, a pouco a pouco, contar tudo!»
João da Cruz não queria que alguém soubesse o que se tinha passado, sofrido e
vivido, nos tempos do primeiro convento da Ordem, pois como um dia disse: « Nas
coisas que faço por Deus, não quero recompensa de ninguém. Só d’Ele!»
Por: Giovani Carvalho Mendes