27 de janeiro- III SEMANA DO TEMPO COMUM

27 de janeiro- III SEMANA DO TEMPO COMUM


“Vós sois a luz do mundo!”





SANTO HENRIQUE DE OSSÓ e CERVELLÓ, presbítero
Fundador da Companhia de Santa Teresa
Ofício Próprio da memória facultativa na OCD ou

LITURGIA DAS HORAS: 631-958
ORAÇÃO DAS HORAS: 1523-983


Fazer a vontade de Deus é algo concreto, definido
e deve expressar a nossa escolha,
a nossa fidelidade.





Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre S. Mateus, nº 44; p. 57, 467 (a partir da trad. Orval)
«Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!»Na parábola do semeador, Cristo mostra-nos que a Sua palavra se dirige a todos indistintamente. Com efeito, tal como o semeador da parábola não faz qualquer distinção entre os terrenos, mas semeia em todas as direcções, também o Senhor não distingue entre o rico e o pobre, o sábio e o tolo, o negligente e o aplicado, o corajoso e o cobarde, mas dirige-Se a todos e, apesar de conhecer o porvir, pelo Seu lado empenha-se totalmente, de modo a poder dizer: «Que devia eu fazer que não tenha feito?» (Is 5, 4). […]

Além disso, o Senhor diz este parábola para encorajar os Seus discípulos e educá-los a não se deixarem abater mesmo se os que acolhem a palavra são menos numerosos do que os que a desperdiçam. Era assim para o próprio Mestre que, apesar do Seu conhecimento do futuro, não cessava de espalhar a semente.

Mas, dirás tu, que benefício havia em espalhá-la nos espinheiros, nas pedras ou no caminho? No caso de se tratar de uma semente e de uma terra materiais, isso não faria sentido; mas quando se trata de almas e da Palavra, a coisa é inteiramente digna de elogios. Reprovar-se-ia com razão um agricultor que agisse assim; a pedra não pode tornar-se terra, o caminho não pode deixar de ser um caminho e os espinhos não podem deixar de ser espinhos. Mas no domínio espiritual não é do mesmo modo: a pedra pode tornar-se uma terra fértil, o caminho não mais ser pisado pelos caminhantes e tornar-se um campo fecundo, os espinhos podem ser arrancados e permitirem à semente frutificar livremente. Se isso não fosse possível, o semeador não teria espalhado a Sua semente como o fez.
“Quem faz a vontade de Deus aprende a conehcer o espírito de Deus, a vida de Deus e o amor de Deus.”Edite Stein


SANTO DO DIA

SANTO HENRIQUE DE OSSÓ E CERVELLÓ,

Memória facultativa na O.C.D.

Dos Escritos do santo Henrique de Ossó, presbítero
(Um mês na escola do Sagrado Coração, Pról. dos Escri tos, 3, Roma, 1977, pp. 456-458)


Tende os sentimentos de Cristo

Pensar como Jesus Cristo, sentir como Jesus Cristo, amar como Jesus Cristo, agir como Jesus Cristo, conver sar como Jesus Cristo, falar como Jesus Cristo. Enfim, conformar toda a nossa vida à de Cristo, revestir-nos de Jesus Cristo! Nisto consiste o único interesse, a ocupação essencial e primária de todo cristão; porque cristão signi fica alter Christus, outro Cristo. Salvar-se-á aquele que for encontrado conforme à imagem de Cristo. E, para con formar-nos à vida de Cristo, é necessário antes de tudo estudá-la, conhecê-la, meditá-la. Não porém nos aspectos exteriores, mas penetrando os sentimentos, afetos, dese jos, intenções de Jesus Cristo, buscando tudo fazer em perfeita união com ele.
É o próprio Jesus, com sua bondade e palavras, quem nos convida a agir assim. Mas como aprenderemos, por exemplo, sua mansidão e humildade? Como em cada ação nos colocaremos diante de Cristo para imitá-lo, se não co nhecemos os sentimentos de seu Coração ao realizá-la? Porque Cristo viveu, comeu, dormiu, falou, calou-se, ca minhou, cansou-se, repousou, suou, padeceu fome, sede, pobreza, numa palavra: trabalhou, sofreu, morreu por nós, pela nossa salvação. Portanto, devemos representar-nos Jesus ao natural e realmente; não de maneira teórica e ide al, que nos levaria a não amá-lo e a não imitá-lo em tudo, como é nosso dever. Jesus é nosso irmão, carne de nossa carne, sangue de nosso sangue, ossos de nossos ossos. Este é o meu Jesus, Deus e homem verdadeiro, vivo, pessoal, que se fez visível sobre esta terra, que viveu, conversou conosco por trinta e três anos. De fato, Verbo eterno do Pai, por nossa salvação desceu do céu, encarnou-se, sofreu, morreu, ressuscitou, subiu ao céu, permanecendo entre nós, no Santíssimo Sacramento do altar, até a consumação dos séculos, para ser nosso companheiro, conforto, alimento.
A vida eterna consiste em conhecer sempre mais a Jesus Cristo, nossa única felicidade no tempo e na eternidade. Quão feliz será a alma que aprender cada dia esta lição e a puser em prática! Que suave pensamento: Viverei, come rei, dormirei, falarei, calarei, trabalharei, padecerei, tudo farei e sofrerei em união com Jesus, conformando-me à divina intenção e aos sentimentos com que Jesus agiu e quer que sejam os meus no agir ou padecer! Aquele que assim proceder — e devemos todos fazê-lo — viverá, na terra, vida de céu; transformar-se-á em Jesus e poderá re petir com o Apóstolo: já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.


Oração

Ó Deus, que em santo Henrique, presbítero, conciliastes admiravelmente o espírito de contínua oração com uma in fatigável atividade apostólica, por sua intercessão, concedei-nos perseverar no amor de Cristo e servir a vossa Igreja com o testemunho da palavra e da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

TEXTO RETIRADO DA LITURGIA DA ORDEM OCD

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