19 DE OUTUBRO: DIA MUNDIAL DAS MISSÕES – BEATIFICAÇÃO DE PAULO VI – ENCERRAMENTO DO SÍNODO SOBRE A FAMÍLIA

19 DE OUTUBRO: DIA MUNDIAL DAS MISSÕES – BEATIFICAÇÃO DE PAULO VI – ENCERRAMENTO DO SÍNODO SOBRE A FAMÍLIA



“Queridos irmãos e
irmãs, neste Dia Mundial das Missões, dirijo o meu pensamento a todas as
Igrejas locais: Não nos deixemos roubar a alegria da evangelização! Convido-vos
a mergulhar na alegria do Evangelho e a alimentar um amor capaz de iluminar a
vossa vocação e missão. Exorto-vos a recordar, numa espécie de peregrinação
interior, aquele «primeiro amor» com que o Senhor Jesus Cristo incendiou o coração
de cada um; recordá-lo, não por um sentimento de nostalgia, mas para perseverar
na alegria. O discípulo do Senhor persevera na alegria, quando está com Ele,
quando faz a sua vontade, quando partilha a fé, a esperança e a caridade
evangélica.
A Maria, modelo de
uma evangelização humilde e jubilosa, elevemos a nossa oração, para que a
Igreja se torne uma casa para muitos, uma mãe para todos os povos e possibilite
o nascimento de um mundo novo” (Papa Francisco, Mensagem para o dia mundial das
Missões).



Há 17 anos atrás, o
Papa João Paulo II proclamava o doutorado de Santa Teresinha, patrona das
missões. Seu predecessor, Paulo VI havia dito: “Nasci para a Igreja no dia em
que a santa nasceu para o céu”. Hoje Paulo VI é beatificado. Abaixo o artigo
reproduz a proximidade do novo beato com Santa Teresinha.

“Durante uma visita ad limina do bispo de Sées, a diocese na qual
nasceu Teresa, Paulo VI (1963-1978) disse: “Nasci para a Igreja no dia em que a
santa nasceu para o céu. Isso lhe mostra que especial vínculo me liga a ela.
Minha mãe fez com que eu conhecesse Santa Teresa do Menino Jesus que ela tanto
amava. Já li várias vezes a Histoire d’une âme, a primeira vez na
minha juventude”. Já em 1938 escrevia às monjas do Carmelo de Lisieux,
confessando “acompanhar há muitos anos com grande interesse os progressos do
Carmelo de Lisieux” e acrescentava “sou um grande devoto de Santa Teresa, da
qual conservo uma pequena relíquia na minha escrivaninha”.
Estas menções seriam suficientes para demonstrar o significado da profunda
ligação entre Paulo VI e a pequena Teresa. O Papa interveio várias vezes para
falar sobre a figura e sobre a doutrina da pequena santa de Lisieux. Em 1973,
por ocasião do centenário do nascimento da santa, escreveu uma carta a D.
Badré, então bispo de Bayeux e Lisieux, condensando em poucas páginas o seu
pensamento sobre Teresa. O realismo e a humildade são os dois conceitos mais
evidenciados por Paulo VI a propósito de Teresa: “Teresa do Menino Jesus e da
Santa Face ensina a não contar com nós mesmos, tanto se tratando de
virtude como de limite, mas com o amor misericordioso de Cristo, que é maior do
que o nosso coração e nos associa à oferta da sua paixão e ao dinamismo da sua
vida”. A propósito da vida de Teresa que aceitou o limite humano e cultural do
claustro, ela ensina segundo Paulo VI, que “a inserção realista na comunidade
cristã, onde se é chamado a viver o instante presente, parece-nos uma graça
sumamente desejável para o nosso tempo”. Teresa viveu o seu caminho pessoal de
santidade dentro de um ambiente cheio de limites. Todavia, “para começar a agir
ela não esperou um modo de vida ideal, um ambiente de convivência mais
perfeito; digamos que, ao invés, ela contribuiu para mudá-lo partir de dentro. A
humildade é o espaço do amor. A sua busca do Absoluto e a transcendência da sua
caridade permitiram-lhe vencer os obstáculos ou mesmo transfigurar os seus
limites”.
Paulo VI já tinha sublinhado o tema da humildade em Teresa em uma audiência de
29 de dezembro de 1971: “Humildade tão mais obrigatória quanto mais a criatura
é alguma coisa, porque tudo depende de Deus, e porque o confronto entre
qualquer medida nossa e o Infinito obriga a curvar a fronte”. Em Teresa esta
humildade não está separada de uma “infância cheia de confiança e de abandono”.
Em um discurso de 16 de fevereiro de 1964 na paróquia de São Pio X, o Papa
evidenciava com clareza o quanto Santa Teresa do Menino Jesus tinha praticado e
ensinado com relação à confiança que devemos ter na bondade de Deus,
abandonando-nos plenamente à sua Providência misericordiosa: “Um escritor
moderno muito conhecido conclui um livro seu afirmando: tudo é graça. Mas de
quem é esta frase? Não do escritor citado, porque ele tirou-a – e diz isso – de
outra fonte. É de Santa Teresa do Menino Jesus. Colocou-a em uma página dos
seus diários: ‘Tout est grâce’. Tudo pode se resolver em graça. De resto a
santa carmelita repetia sempre uma esplêndida palavra de São Paulo:
‘Diligentibus Deum omnia cooperantur in bonum’. Toda a nossa vida pode se
resolver no bem, se amamos o Senhor. E é isso que o Pastor Supremo espera dos
que o ouvem”.
 (Fonte: http://www.30giorni.it/articoli_id_972_l6.htm)

enviado por:
 FREI ALZINIR DEBASTIANI, DELEGADO GERAL PARA A OCDS

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