Breve Bibliografia:
Nasceu em Trápani, na Sicilia (Itália) em 1250. Seus pais – Benito degli Alberti e Joana Palizi – já eram casados há 26 anos e não tinham fi lhos. Fervorosos cristãos, tinham prometido à Virgem de Trápani consagrar ao serviço do Senhor o fi lho que lhes concedesse.
Ainda menino ingressou no Carmelo de Trápani com o propósito de servir a Deus e à Santíssima Virgem, a quem está consagrada a Ordem do Carmo. Era então a “idade de ouro” do Carmelo, na qual o ideal Eliano-Mariano da Ordem se mantinha vivo a base de um justo equilíbrio da contemplação e ação apostólica.
Desde que professou na Ordem, se distinguiu por seu fervor e austeridade de vida. Seus biógrafos nos dizem que seus jejuns eram contínuos, que nunca comeu carne e que mesclava seu pouco alimento com cinzas. Sua cama era um saco de sarmentos e dedicava longas horas do dia e da noite à oração.
A obediência era nele pronta e alegre, a pobreza lhe distinguia entre todos por seu total desprendimento e a castidade foi sua flor preferida e melhor guardada, por isso, se lhe representa com um lírio e um crucifixo na mão, ou com o Menino Jesus nos braços.
Recebidas as sagradas ordens, se difundiu logo sua fama de religioso santo e de persuasivo pregador. Passou algum tempo no convento de Messina, cidade à qual livrou da fome causada por um cerco: alguns navios carregados de víveres conseguiram chegar milagrosamente à cidade apesar dos cercos.
Fervoroso pregador, percorreu a maior parte dos povos da ilha. Foi nomeado provincial da Sicília em 1296, cargo que desempenhou com uma entrega total ao serviço de Deus e das almas. Quando visitava os conventos, não levava outra coisa que um pouco de pão, um báculo e um cantil com água.
Fundou vários conventos e escreveu alguns tratados, que (infelizmente) não se conservaram até os nossos dias. Recebeu do Senhor a graça de fazer milagres, chegando a ser um grande taumaturgo e apóstolo da Sicília.
Por isso seu culto tem sido sempre muito extenso e intenso em toda a Ordem, que o tem venerado em todas suas igrejas e conventos. Suas relíquias foram espalhadas por todo o mundo e com elas se abençoa a água para a cura de enfermos.
Sua morte ocorreu em 1307 e, ao celebrar suas exéquias, se disse que vozes misteriosas entoaram o hino “Os Justos” da Missa dos Confessores em vez da Missa de Réquiem.
Seu culto foi confi rmado por bula do Papa Sixto IV, em 1476.