Momento Mariano – parte 1
fora anunciado, “o Verbo se fez Carne e habitou entre nós”, no seio
de uma Virgem puríssima. Um anjo abre as portas de um novo paraíso – e conversa
com uma mulher. Ele é um anjo bom e ela a nada mais aspira que ser a
“serva do Senhor”.
Por isso, Deus a fez “bendita
entre as mulheres” e “todas as nações a chamarão
bem-aventurada”. “O anjo Gabriel foi, por Deus, enviado a uma cidade
da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão, que se
chamava José, da casa de Davi – e o nome da Virgem era Maria”. Entrando o
Anjo onde ela estava, disse: Ave, cheia
de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres. Quando ela
ouviu, turbou-se com o seu dizer e cogitava que saudação fosse esta. E o anjo
lhe disse: Não temas, Maria; pois achaste
graça diante de Deus. Eis que conceberás em teu seio e darás à luz um
filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.
A saudação “Ave, Maria” manifesta
uma saudação convocatória a alegrar-se por ter sido a escolhida. Maria é
convidada a alegrar-se por dois motivos:
Primeiro, porque “encontraste graça diante de Deus”. E Maria é cheia de graça
porque a graça de Deus que significa o Espírito Santo “veio sobre ela e a
cobriu com sua sombra”. Maria, então, se faz templo vivo do Espírito. Nela Ele
possui uma presença real e única. Nela Ele atua de uma maneira tão profunda que
eleva sua capacidade maternal à altura de ser verdadeiramente a mãe de Deus.
Segundo, porque o “Senhor está contigo”. O Santo gerado de Maria é o filho de
Deus, Jesus Cristo. Dentro de Maria começa a crescer o fruto do Espírito Santo,
que é o Deus conosco, o Verbo encarnado.
Maria, Santa Teresinha também recebe, desde muito cedo, o chamado a
considerar sua alma como um jardim de delícias no qual é preciso cultivar as
flores de virtudes que Jesus virá colher em sua primeira visita. Seu sim,
se desdobra a entrega de uma vida vivida na intimidade com Deus, na
contemplação de Sua face, como ela mesma relata:
“Jesus me pegou pela mão, fez-me entrar em um subterrâneo onde não faz
frio nem calor, onde o sol não brilha, e que não é visitado nem pela chuva nem
pelo vento; um subterrâneo onde não vejo nada senão uma luz meio apagada, o
brilho que espalham ao seu redor os olhos da Face de meu Noivo!…” (Carta
110)
sermos carmelitas seculares. Então, antes de ser nossa vontade, é a vontade de
Deus manifestada em nós. Diante desse chamado, olhamos para o exemplo de Maria e
Santa Teresinha e reflitamos, a partir de seu comportamento, como damos o nosso
sim a esse chamado, qual é nosso testemunho de obediência e centralidade para
com Aquele que nos chamou primeiro.?
Nossa Senhora e busquemos essa
configuração maternal do amor de Deus, da graça de sermos escolhidos e
de gestarmos em nós um chamado a ser carmelita secular.
correspondeu plenamente ao seu chamado. E nós como estamos correspondendo ao
nosso chamado de carmelita secular? Agimos assim como Maria? Onde nos
aproximamos Dela como modelo? Onde estamos distantes?
testemunho de aceitação e de seu “fiat”.
conosco. Alegremo-nos porque fomos escolhidos, encontramos graça diante de
Deus.
Ave Maria, cheia de
graça….
