Evangelho orado – Santos André de Sorveral, Ambrósio Francisco, presbíteros

Evangelho orado – Santos André de Sorveral, Ambrósio Francisco, presbíteros

03 de Outubro de 2022
Segunda-feira da XXVII Semana do Tempo Comum
Santos André de Sorveral, Ambrósio Francisco, presbíteros
e seus companheiros, mártires
Memória obrigatória
Texto Orante: Frei Antônio González, OCD

Motivação

Neste mês de outubro missionário, Jesus nos convida a orar, pedindo a Deus que envie operários a tua messe.
Nos convida a olhar a humanidade com esperança, porque é campo de Deus, e há muita colheita, mesmo que seja um mundo difícil.
Com esperança ativa: há muito por fazer.
Fazem falta pessoas que levem uma palavra de consolo, de paz, de bem.
Ore, para escutar a chamada de Deus, para descobrir e viver hoje sua vocação: onde lhe chama e lhe envia o Senhor.

Evangelho de São Lucas 10, 25-37

Naquele tempo, um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?” Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem
é o meu próximo?” Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais’. E Jesus perguntou: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.

Comentário Orante

O mestre da lei perguntava sobre normas e doutrinas: como resumir os preceitos da lei? Até que grau de parentesco alguém continua sendo meu próximo?
Jesus sabe. E também sabe que a lei proibia que quem fosse participar no culto tocasse um moribundo. Por isso dá uma resposta diferente.
Nos convida a mudar a perspectiva, a responder à realidade: “Abra os olhos, abra o coração às pessoas, sinta com elas, compartilhe”.
Este é o caminho da vida. Este é o caminho de Jesus, que também nos carregou para curar nossas feridas.

Palavra dos Místicos

« Ó irmãs, como se pode ver claramente que em algumas de vós existe de fato o amor ao próximo, enquanto em outras não chegou ele à mesma perfeição! Se entendêsseis a real importância dessa virtude, não teríeis outro anseio na vida!
Quando vejo algumas pessoas muito diligentes em compreender a oração que têm e muito empertigadas quando estão nela (a tal ponto que não ousam mexer-se nem agir com o pensamento, a fim de não perderem um pouquinho do gosto e da devoção que tiveram), percebo quão pouco entendem do caminho por onde se alcança a união. E pensam que nisso reside o essencial.
Não, irmãs, não; o Senhor quer obras. Se vedes uma enferma a quem podeis dar algum alívio, não vos importeis em perder essa
devoção e tende compaixão dela. Se ela sente alguma dor, doa-vos como se a sentísseis vós. E, se for necessário, jejuai para que ela coma; não tanto por ela, mas porque sabeis que o vosso Senhor deseja isso.
Essa é a verdadeira união com a vontade de Deus.».

(Santa Teresa de Jesus, 5Moradas 3, 10-11)

Oração

Senhor, Jesus: ajuda-me a seguir-te
no caminho da vida.
Não me deixes, Senhor, perder-me em palavras, em desculpas, em teorias
que justifiquem meus medos ou minha
comodidade,
para não manchar minhas mãos
com o barro deste mundo,
com as feridas dos que caem
às margens do caminho.
Abra meus olhos para que veja,
verdadeiramente, às pessoas
como tu as vês.
Dilata meu coração
para que não tema aproximar-me
delas, compartilhar seus sentimentos, compartilhar sua vida.
Assim poderei sentir contigo e compreender tua vida.
Amém.

Frei Antônio González, OCD

Tradução livre do App Evangelio Orado oferecido por Carmelitas Descalços Província Ibérica

 

 

Tradução e montagem: Ciça de São João da Cruz, OCDS

Referência:
• – Imagens disponíveis na WEB

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